14.11.05

Eu sei, eu sei. Vim aqui porque aqui não tenho história, não sou ninguém.

Deite e role na cama em que afundamos, meu bem. Minha mão é sua.
Tenho apenas algumas fatias de choros partidos, fibras quebradas como um plástico derretido. Por vezes, meus olhos se enchem de àgua, e eu desejo só mais uma vez sentir o seu desejo por mim.
Na ausência dos meus olhos, te acho. Penso no sentimento de imaginar a distância de nossas bocas. Apenas acho, e esse achar se torna angústia.
Não diga que o poema é feio, que sou melosa.
Sei que é um engano, mas, permita-me.
Deitada, busco tua língua na minha. Dedos na alma.
Covinhas ao lado do sorriso. Pele.

Somos duas nesse barco, somos nossos umbigos ao vento.

Não entenda. Não entendo. Não pense. Não tente. Poesia? Pra quê? Não precisa. Não comece. E tem mais. Não valho nada.





...

Whatever makes you happy
Whatever you want
You're so fuckin` special
I wish I was special
I don't belong here
...

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